Terópodes
A grande atração do mundo jurássico é o tiranossauro não é verdade? Todo o mundo gosta dos grandes predadores e os grandes predadores entre os dinossauros estavam neste grupo.
Trata-se de um grupo de dinossauros bípedes (andavam em duas patas), sendo que a grande maioria eram dinossauros carnívoros, embora existissem alguns terópodes herbívoros e insetívoros. As aves, únicos parentes dos dinossauros a sobreviver à extinção do final do Cretáceo, estão neste grupo.
No mundo Jurássico aparecem terópodes mais evoluídos.
O mais famoso é o alossauro (8-12 metros), um dos primeiros dinossauros a ser descoberto no registo fóssil e descrito cientificamente em 1877 pelo paleontólogo Othniel Charles Marsh.
Ainda assim, o dinossauro terópode que fica verdadeiramente na história é o megalossauro (6-9 metros), o primeiro dinossauro de sempre a ser nomeado, em 1824. Os primeiros fósseis de megalossauro foram descobertos no século XVII, mas erradamente atribuídos a um elefante e depois a um monstro bíblico.
O ceratossauro (5-6 metros) é um carnívoro que também aparece no período Jurássico e as algumas das suas ossadas foram encontradas em Portugal, na Lourinhã.
Por fim, no período Cretáceo, surgem dois dos carnívoros mais famosos e imortalizados pelo cinema. O gigante tiranossauro (12-13 metros) e o velocista velociraptor (2 metros).
É também neste período que surge o therizinossauro (10 metros), um raro exemplo de dinossauro terópode herbívoro e com características bizarras, tais como garras enormes nas patas dianteiras (entretanto foi descoberto mais um terópode herbívoro e igualmente bizarro).
Durante muitos anos o tiranossauro foi tido como o maior e mais temível predador do tempo dos dinossauros, mas esse estatuto tem vindo a ser colocado em causa.
Em relação ao tamanho, já se sabe que existiram pelo menos dois terópodes maiores (o espinossauro com 18 metros e o giganotossauro com 14 metros).
Depois, e mais relevante, a fisionomia do tiranossauro não abona muito a favor das suas eventuais qualidades de predador feroz: as patas dianteiras eram de tal forma pequenas que nem alcançavam a boca. O olfato, bastante apurado, seria mais útil a detectar cadáveres ou animais feridos.
Crê-se, assim, que o tiranossauro seria mais um necrófago do que um temível predador que caçasse animais vivos.
Saurópodes
O maior grupo de animais que alguma vez pisou terra. São facilmente identificáveis pelo pescoço bastante comprido e uma cabeça proporcionalmente pequena.
Todos os saurópodes eram quadrúpedes (andavam em quatro patas) e herbívoros.
Um dos primeiros e talvez o mais pequeno saurópode de sempre é o saturnalia (1,5 metros), descoberto no Rio Grande do Sul, no Brasil. Terá vivido há cerca de 225 milhões de anos. Ainda no Triássico surge o plateossauro (5-10 metros), há cerca de 214 milhões de anos. Foi também um dos primeiros dinossauros descobertos no registo fóssil, em 1834.
Suspeita-se que tenha existido um saurópode ainda maior, o amphicoelias (58 metros), mas os únicos fósseis descobertos na década de 1870 foram perdidos, restando apenas descrições e desenhos dos mesmos. Análises recentes sugerem que não seria biologicamente plausível um animal terrestre suportar tais dimensões, pelo que devem existir erros de interpretação na descrição original feita em 1878.
Ceratopsídeos
Estes dinossauros peculiares viveram em abundância no período Cretáceo e são caracterizados pelas placas ósseas situadas atrás da cabeça, pelos chifres no crânio e pelo bico na mandíbula. Eram todos herbívoros.
O mais famoso de todos é o triceratops (8-9 metros), surgido há cerca de 68 milhões de anos e um dos dinossauros que habitavam o planeta por altura da extinção dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos. Outro dinossauro deste grupo que habitou no Cretáceo foi o centrossauro (6 metros).
Ornitópodes
Os ornitópodes eram dinossauros herbívoros, que surgiram discretamente durante o período Jurássico, como animais pequenos e velozes, até dominarem o final do período Cretáceo.
No evento da extinção dos dinossauros, os ornitópodes eram um dos grupos mais bem sucedidos de dinossauros herbívoros, com um aparelho mastigatório tão evoluído e sofisticado que seria capaz de rivalizar com uma vaca moderna.
Estegossauros
Este grupo de animais foi baptizado com o nome do seu exemplar mais famoso, o estegossauro (9 metros).
Eram dinossauros couraçados, herbívoros e claramente adaptados para a defesa. Possuíam placas ósseas e espinhos afiados que não eram encontrados em mais nenhum animal, o que lhes permitia proteger-se dos predadores, uma vez que eram animais lentos e uma fuga veloz estava fora de hipótese.
Pensa-se que o wuerhossauro (7 metros) tenha sido a última espécie de estegossauro a habitar o planeta, antes do grupo se extinguir. As causas da extinção dos estegossauros não são claras.
Anquilossauros
Os anquilossauros eram dinossauros herbívoros, quadrúpedes e altamente couraçados.
Possantes e com patas curtas, estima-se que um anquilossauro não conseguira andar a mais de 10 quilómetros por hora, pelo que a couraça especializada em defesa era essencial para escapar a um predador.
Possivelmente o primeiro anquilossauro a surgir foi o scelidossauro (4 metros), há cerca de 196 milhões de anos. No entanto, as características primitivas não permitem definir com exatidão se este dinossauro pertencia a este grupo ou ao dos estegossauros.
Paquicefalossauros
Os Paquicefalossauros eram dinossauros herbívoros / omnívoros, bípedes e com a particular característica de possuírem uma espécie de abóbada alta no crânio, provavelmente usada para lutas entre machos pela disputa de fêmeas ou território.
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