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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Cobras jurássicas

Revendo exemplares em museus, pesquisadores encontraram os registros mais antigos desses répteis, com aproximadamente 167 milhões de anos. A descoberta, tema da coluna de Alexander Kellner, demonstra que a diversificação desses animais é bem anterior ao que se supunha.
Cobras jurássicas
Fóssil de ‘Eupodophis descouensi’. Observe o membro posterior (seta vermelha) preservado nessa cobra encontrada em rochas formadas há mais de 90 milhões de anos no Líbano. (foto: Rage, Jean-Claude e Escuillié, François/ Carnets de Géologie)

Cobras! Esses répteis são talvez os que mais causam medo às pessoas. Apesar de o número de indivíduos feridos por esses animais ser relativamente pequeno e os casos fatais terem sido reduzidos drasticamente devido aos avanços da medicina, o temor de encontrar um desses vertebrados escamosos pelo caminho, particularmente quando se está em uma trilha ou em um passeio pelo mato, é grande. Nem adianta comentar o fato de que somos nós, da espécie humana, que nos aventuramos nos domínios dessas criaturas que não têm muito para onde correr – ou melhor – rastejar.
Hoje existem mais de 3 mil espécies de cobras conhecidas, distribuídas em todos os continentes, com exceção da Antártica. Mas e no passado? Como eram as primeiras formas e como esses répteis evoluíram ao longo do tempo para se tornar o que são hoje em dia?
Essas não são perguntas triviais, já que o registro desses animais preservados nas rochas é bastante escasso. No entanto, um estudo liderado por Michael Caldwell (University of Alberta, Edmonton, Canadá) publicado na Nature Communications acaba de iluminar essas questões, revelando os registros mais antigos desses répteis. O curioso é que as descobertas não foram feitas no campo, como geralmente acontece, mas sim nas gavetas de alguns museus.

Serpentes com patas

Sei que essa informação vai parecer estranha ao leitor, mas as cobras, que conjuntamente são classificadas em um agrupamento denominado de Serpentes, são parentes dos lagartos e pertencem ao grupo dos Squamata. Isso significa dizer que são lagartos modificados.
Entre as espécies com material mais completo, destacam-seEupodophis descouensi ePachyrhachis problematicus, serpentes marinhas com comprimento menor que um metro e dotadas de membros posteriores
Os registros mais antigos até agora eram formados por vértebras isoladas encontradas em depósitos de 100 milhões de anos da África e alguns restos de arcadas dos Estados Unidos. Entre as espécies com material mais completo, destacam-seEupodophis descouensi, encontrada no Líbano, e Pachyrhachis problematicus, da Cisjordânia (Palestina). Além de terem sido encontradas em depósitos de idades semelhantes (92-95 milhões de anos), ambas representam serpentes marinhas com comprimento menor que um metro e dotadas de membros posteriores. Isso mesmo: pernas, que, apesar de atrofiadas, indicam uma interessante história evolutiva para o grupo.
Tentando compreender um pouco mais a origem das cobras, Mike e colegas começaram a inspecionar coleções de Squamata coletadas em depósitos jurássicos. Revendo alguns restos já estudados, eles acabaram por constatar que duas espécies descritas anteriormente como lagartos, mais especificamente referidas ao grupo Anguimorpha, eram, na verdade, cobras. São elas: Parvirator estesi, procedente de depósitos da Inglaterra cujas idades são tidas como jurássicas ou cretáceas; eParvirator gilmorei (que os pesquisadores alocaram em um gênero novo, Diablophis), procedente de depósitos comprovadamente jurássicos (Formação Morrison) dos Estados Unidos.

2 comentários:

  1. o jacare vive nopantano ele come carne e vive en grupo
    a anta vive no matanal e vive comendo mato
    a onça vive no mato e come carne

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  2. o jacare e come carne e vive no pantno

    a anta vive no mato e come mato

    a onça come carne e gosta de corer com o ses filhotes

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